Contos de um poeta



O que sabemos sobre a dor dos outros? Tentamos ajudar com palavras, mas entender é impossível!
 São tantas perguntas e algumas resposta...
--Me diga seu nome dor?...
--Tenho vários, tenho vários irmãos, mas com a mesma ligação. Dizia assim a dor.
 --Me diga seu nome dor?...
--Sou o seu interior gritante. Dizia assim a dor.
--Me diga seu nome dor? Dizia Thiagori sem paciência...
--O seu choro mais fundo. Dizia assim a dor.
--Me diga seu nome dor? Dizia Thiagori furioso.
--A sua raiva mais furiosa. Dizia assim a dor sem se importar com Thiagori.
--Me diga seu nome dor? Dizia Thiagori pela última vez.
--A sua tristeza mais insuportável. Dizia assim a dor com palavras brancas.
Thiagori furioso e impaciente não quis mais saber o nome da dor.
Eu realmente não sei o que é essa dor, às vezes fico me perguntando se é um sentimento ou ''presentes recebidos da vida''. Não sei como eu estava, sinceramente não sabia, não sabia nada, sabendo de tudo. Essa era uma das minhas ''qualidades'' e das meras semelhanças com a dor, não somos entendidos!
...
Doía a dor que em alguns doía. Sem entender ela doía, 
doía tanto que gritava em silêncio, um silêncio árdio que nos alimenta,
alimenta a lembrança e desperta a dor. Sentindo assim seus sublimes efeitos,
efeitos que por dentro despertava, despertava a mais simples vontade de chorar.
Chorando assim surgia um alívio no peito, no peito amanhecia mais um dia;
 e um garoto olhando as nuvens sorria, sorria não por entender a dor, mas por não ter mais medo dela...

__Thiago Batista                    ''Contos de um poeta encantado''


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